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Depressão Pós-Parto

Depressão Pós-Parto: Quando a Maternidade Vem com Lágrimas que Ninguém Vê

Hoje, em meu consultório online, atendi mais uma mãe que chegou ao limite. Está estava no seu 3º mês pós-parto. Enquanto falava comigo estava atenta ao seu bebe e logo disse que podia parar para prestar assistência, com movimentos precisos, seus olhos contavam outra história – uma narrativa de vazio e exaustão que vai muito além do “cansaço normal” da maternidade. Essa mulher, como tantas outras, me revelou os indícios sutis de uma depressão pós-parto (DPP) que não surge nos primeiros dias, mas que se instala sorrateiramente quando o mundo já espera que ela “tenha se adaptado”.

Se você está lendo isso no meio da madrugada, entre uma mamada e outra, saiba que você não está sozinha. A depressão pós-parto (DPP) não é fraqueza – é um transtorno real que atinge 1 em cada 4 mães no Brasil.

Por que o 3º mês é tão crítico?

Enquanto os primeiros 45 dias são marcados pelo baby blues e pela adaptação biológica, o 3º mês revela a falha do ambiente em sustentar psiquicamente essa mãe. É quando:

  • A rede de apoio se afasta (“já que o bebê está mais ‘fácil'”)
  • A cobrança por “normalidade” aumenta (“quando você volta ao trabalho?”)
  • O luto pela identidade pré-maternidade bate à porta

Os Sinais que Ninguém te Contou (sinais clássicos):

  • Chorar sem motivo aparente (ou por tudo ao mesmo tempo)
  • Sentir um vazio profundo mesmo com o bebê no colo
  • Ter pensamentos assustadores (“E se eu deixar cair?”)
  • Desejar fugir da própria vida
  • Sentir-se a pior mãe do mundo (quando na verdade você está dando o seu melhor)
  • A dissociação afetiva (“Cuido do bebê no piloto automático”)
  • A hiper-racionalização do cuidado (Planilhas de amamentação substituindo a conexão)
  • O ódio que não ousa dizer seu nome (Raiva do bebê, do parceiro, do próprio corpo)

Por Que Isso Acontece?

Não é “frescura” ou “falta de amor”. É uma tempestade perfeita de:
Queda hormonal brusca
Privação extrema de sono
Pressão social por perfeição
Falta de rede de apoio real

O Que Você Pode Fazer AGORA:

Conte para alguém – Rompa o silêncio com seu parceiro, mãe ou amiga
Peça ajuda prática – Alguém pode lavar uma louça ou ficar com o bebê enquanto você dorme 2h seguidas?
Procure um profissional – Psicólogos e psiquiatras especializados SABEM como ajudar

Para Quem Ama Alguém com DPP:

👉 Não diga “isso passa” ou “é hormonal”
👉 OFEREÇA ajuda concreta (comida, limpeza, cuidado com o bebê)
👉 Observe sinais de risco (desinteresse total pelo bebê, pensamentos de morte)

Se você se identificou: Respire fundo. Você não falhou. A DPP é uma doença – e como toda doença, TEM TRATAMENTO.

“Não existe mãe perfeita. Existe mãe real, com suas fissuras e força.”

Você merece ajuda. Busque-a hoje mesmo.

DepressãoPósParto #MaternidadeReal #SaúdeMentalMaterna #VocêNãoEstáSozinha #PeçaAjuda

[Se estiver em crise, ligue para o CVV: 188]

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